Thalia Bianchini
6 de mai. de 2023
A comunicação é um dos principais desafios enfrentados por pessoas com Transtorno do Espectro Autista (TEA), impactando suas interações sociais e autonomia. Para auxiliar no desenvolvimento da linguagem, a Análise do Comportamento Aplicada (ABA) utiliza os operantes verbais como base para o ensino da comunicação funcional.
Os operantes verbais são categorias de comportamento verbal descritas por B.F. Skinner na obra Verbal Behavior (1957). Diferente da visão tradicional da linguagem, que se baseia na estrutura gramatical, a análise do comportamento foca na função da comunicação. Skinner descreve os seguintes operantes verbais:
No TEA, a aquisição da linguagem pode ser tardia ou atípica, sendo essencial utilizar estratégias estruturadas para facilitar esse desenvolvimento. Ensinar comunicação funcional reduz frustrações, minimiza crises comportamentais e promove maior independência.
Intervenções baseadas na ABA utilizam reforçadores para aumentar a frequência de respostas verbais apropriadas. O ensino inicia com mandos, pois são naturalmente reforçados, passando gradualmente para outros operantes. O uso de Sistemas Alternativos e Aumentativos de Comunicação (SAAC), como PECS ou aplicativos como TD Snap, pode ser fundamental para indivíduos não verbais ou com fala limitada.
O ensino de comunicação no TEA deve ser individualizado, considerando o perfil e as necessidades de cada pessoa. O uso dos operantes verbais como base para a intervenção permite uma abordagem estruturada e eficaz, promovendo avanços significativos na comunicação funcional. Quanto mais cedo as habilidades comunicativas forem estimuladas, maiores serão as chances de autonomia e inclusão social da pessoa com TEA.
Skinner, B. F. (1957). Verbal behavior. Appleton-Century-Crofts.
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